Ouvi uma música com esta frase há alguns anos atrás quando ainda estudava educação religiosa e muito sinceramente confesso que por mais simples que esta frase possa ser, meu coração não a compreendia. Eu sempre tive dificuldades em ter um coração grato, porque pessoas insatisfeitas não são agradecidas. Mas a dezesseis dias do final de um ano e diante de um outro ano completamente novo, penso que este é um bom momento para simplesmente agradecer em vez de ir na direção da minha tendência de olhar mais o que me falta do que para o que conquistei.
Mas ingratidão não é só problema meu. Lembro-me de uma história bíblica que conta da passagem de Jesus por uma aldeia entre a Samaria e a Galiléia. Nesta aldeia ele encontrou 10 (dez) leprosos. Lepra é uma doença que faz a pessoa apodrecer literalmente ainda vivo e naquela época, quem contraia lepra era banido do convívio social. Pois então aquele grupo de leprosos já conhecia a fama curadora de Jesus e o chamou. Jesus os curou. Eles estavam enfim livres da vergonha e da alienação social, podiam voltar para suas famílias, para seus negócios, para sua sociedade, que felicidade! No entanto, somente 1 (um) deles, o estrangeiro, voltou para agradecer a Jesus pela cura.
Por que não tenho um coração grato? Como já afirmei, pessoas insatisfeitas não são agradecidas. Quem é satisfeito, tem um coração grato. É bom lembrar que satisfação nada tem a ver com acomodação, estagnação, resignação. Quando penso em satisfação, penso em contemplação, quando penso em contemplação penso numa boa digestão da vida. Os nutricionistas afirmam que devemos comer devagar, bem devagar, mastigar bem os alimentos para que mesmo com uma quantidade menor de comida no prato possamos nos sentir satisfeitos, em estado de plenitude gástrica. Penso que com a vida acontece algo semelhante, temos que ir devagar, não pular etapas, respirar, nos movimentar seja lá como for para que a satisfação então surja e cumpra o seu papel.
Satisfação e gratidão exigem visão além do alcance, que é apenas olhar a vida como ela é, com simplicidade...
Sentir satisfação e gratidão é andar na contra-mão, pois esta sociedade onde nos localizamos é movida pelo consumo e consumo pelo próprio consumo. Além de consumo por prazer, por status, por esporte... Consome-se para dar conta de demandas existenciais, pois o capitalismo quer despertar desejos em nós travesti-los de necessidades a fim de que possamos consumir cada vez mais. Somos lembrados a todo tempo daquilo que ainda não temos, o que nos deixa cada vez mais inseguros e é claro, insatisfeitos. É difícil, muito difícil andar na contra-mão porque o apelo do consumo é sedutor demais, são os filmes, as novelas, as propagandas, o glamour das revistas, quem é que não quer tudo isso? A satisfação existe, mas é muito efêmera superficial, dura apenas uma noite, um dia, uma semana. Lembro-me de ter lido sobre um ator que rompeu com sua esposa assim que voltou de sua lua de mel, segundo a informação, ele alegou que não estava preparado para uma relação permanente. Semanas depois ele estava namorando outra colega de trabalho.
Além do consumo desenfreado, em busca de satisfação e alívio, às vezes comemos demais, bebemos demais, trabalhamos demais, estudamos demais e até amamos demais. São nossas vãs e doentias estratégias para conseguir satisfação.
Mas e a gratidão?
Ela vem quando descobrimos porque e para quem realmente vivemos,
Ela vem quando nos ouvimos e somos coerentes conciliando aquilo que queremos com nosso estilo de vida.
Muitas vezes não somos gratos porque permanecemos insatisfeitos mantendo desejos tolos que ocultam nossas verdadeiras necessidades.
A gratidão é um espírito de reverência pela vida, pelo humano, pelo divino.
A gratidão nos acalma e nos eleva. Nos faz descansar e aquieta nossa alma...
Eu quero essa vida pra mim!!!
Mas ingratidão não é só problema meu. Lembro-me de uma história bíblica que conta da passagem de Jesus por uma aldeia entre a Samaria e a Galiléia. Nesta aldeia ele encontrou 10 (dez) leprosos. Lepra é uma doença que faz a pessoa apodrecer literalmente ainda vivo e naquela época, quem contraia lepra era banido do convívio social. Pois então aquele grupo de leprosos já conhecia a fama curadora de Jesus e o chamou. Jesus os curou. Eles estavam enfim livres da vergonha e da alienação social, podiam voltar para suas famílias, para seus negócios, para sua sociedade, que felicidade! No entanto, somente 1 (um) deles, o estrangeiro, voltou para agradecer a Jesus pela cura.
Por que não tenho um coração grato? Como já afirmei, pessoas insatisfeitas não são agradecidas. Quem é satisfeito, tem um coração grato. É bom lembrar que satisfação nada tem a ver com acomodação, estagnação, resignação. Quando penso em satisfação, penso em contemplação, quando penso em contemplação penso numa boa digestão da vida. Os nutricionistas afirmam que devemos comer devagar, bem devagar, mastigar bem os alimentos para que mesmo com uma quantidade menor de comida no prato possamos nos sentir satisfeitos, em estado de plenitude gástrica. Penso que com a vida acontece algo semelhante, temos que ir devagar, não pular etapas, respirar, nos movimentar seja lá como for para que a satisfação então surja e cumpra o seu papel.
Satisfação e gratidão exigem visão além do alcance, que é apenas olhar a vida como ela é, com simplicidade...
Sentir satisfação e gratidão é andar na contra-mão, pois esta sociedade onde nos localizamos é movida pelo consumo e consumo pelo próprio consumo. Além de consumo por prazer, por status, por esporte... Consome-se para dar conta de demandas existenciais, pois o capitalismo quer despertar desejos em nós travesti-los de necessidades a fim de que possamos consumir cada vez mais. Somos lembrados a todo tempo daquilo que ainda não temos, o que nos deixa cada vez mais inseguros e é claro, insatisfeitos. É difícil, muito difícil andar na contra-mão porque o apelo do consumo é sedutor demais, são os filmes, as novelas, as propagandas, o glamour das revistas, quem é que não quer tudo isso? A satisfação existe, mas é muito efêmera superficial, dura apenas uma noite, um dia, uma semana. Lembro-me de ter lido sobre um ator que rompeu com sua esposa assim que voltou de sua lua de mel, segundo a informação, ele alegou que não estava preparado para uma relação permanente. Semanas depois ele estava namorando outra colega de trabalho.
Além do consumo desenfreado, em busca de satisfação e alívio, às vezes comemos demais, bebemos demais, trabalhamos demais, estudamos demais e até amamos demais. São nossas vãs e doentias estratégias para conseguir satisfação.
Mas e a gratidão?
Ela vem quando descobrimos porque e para quem realmente vivemos,
Ela vem quando nos ouvimos e somos coerentes conciliando aquilo que queremos com nosso estilo de vida.
Muitas vezes não somos gratos porque permanecemos insatisfeitos mantendo desejos tolos que ocultam nossas verdadeiras necessidades.
A gratidão é um espírito de reverência pela vida, pelo humano, pelo divino.
A gratidão nos acalma e nos eleva. Nos faz descansar e aquieta nossa alma...
Eu quero essa vida pra mim!!!