domingo, 22 de janeiro de 2012

Nossas mentiras e nossas verdade

"Ninguém mais que o desonesto precisa convencer-se de que é honesto (...) O fulcro do autoengano não está no esforço de cada um em parecer o que não é. Ele reside na capacidade que temos de sentir e de acreditar de boa fé que somos o que não somos.” Eduardo Gianetti em Autoengano p. 93 e 100.

Sou verdade e sou mentira,
Ah, como sou mentirosa, muito mentirosa, você não serácapaz de saber...
Minto para esconder,
Minto para que não me vejam,
Minto para não me ver,
Minto para trapacear,
Minto porque não sou tão boa como deveria,
Alguém por acaso é ??
Minto porque quero que me aceitem e gostem de mim,
Exatamente como não sou!
Minto, mesmo sabendo que é às vezes, poucas vezes, é inútil mentir para mim mesma.
Minto porque fantasiar é meu exercício predileto.
Todos nós somos grandes mentirosos e precisamos desesperadamente das nossas mentiras para sobreviver.
Portanto, torna-se inevitável sentar-se e separar nossas mentiras das nossas verdades.
Mas será que isso é possível ???

2 comentários:

Jussara Barbosa disse...

Adorei o "fantasiar é meu exercício predileto". Antigamente tinha a sensação de que minha vida se passava em cima de um palco...embora me fizesse mal, parecia ser o que eu sabia fazer de melhor..

Ligia disse...

Ai, ai, como é bom ler que mentimos sim, e todo dia e toda hora. Minto ao dizer que não minto, que sou eu mesma em todo tempo. Uma vez li que vestimos máscaras de acordo com cada papel social que exercemos, acho que é um eufemismo para dizer que mentimos. Sinceramente não sei se é possível separar nossas mentiras de nossas verdades. Bem lá no fundo acho que já viraram um mix!