Estou num surto de ansiedade.
Ele já dura muitos dias, ou mais dias do que eu gostaria que durasse...
Não gosto de me sentir assim...
A minha ansiedade parece um furacão que passa e vai levando tudo, vai destruindo tudo e no fim deixa tudo bagunçado.
Pior é eu ter que arrumar tudo depois...
Pior mesmo é não querer enxergar o que está causando tudo isso.
Eu até sei o caminho, mas como estou tão aérea, etérea, minha mente não contribui...
Sempre ponho o carro na frente dos bois, pois a princípio quero justificar, racionalizar, e não apenas sentir, deixar a emoção falar, isso é ameaçador demais para mim...
Vejo presente em meus surtos de ansiedade o meu desejo de ser indomável, incontrolável, livre, tal qual as forças da natureza.
Vejo também a minha ansiedade fosse uma manifestação contra meu estilo de vida tirânico, controlador, rígido...
Se minha ansiedade for uma mensagem, talvez a seja um grito me mandando parar tudo, fazer uma greve geral!!
Sinto necessidade de tratar minha ansiedade de outra forma, mas quando ela aparece, fico tão enlouquecida que torço para que ela se vá logo.
Se minha ansiedade se materializasse, eu me vejo tentando estrangulá-la, abafá-la, ou então, ignorá-la, fingindo que ela não está ali, torcendo para que da mesma forma que veio, ela se vá...
Mas quanto mais negativamente a trato, mais ela persiste e insiste comigo.
A minha ansiedade é produto da minha personalidade, do meu estilo de vida e eu já devia entender isso, no entanto, quando ela aparece, eu a trato como um corpo estranho, um visitante incômodo e indesejado no meu mundo “perfeito e ordeiro”.
A ansiedade incomoda, mas eu poderia entender que pode ela pode ser um convite para chegar mais ...
Sei que há formas melhores de lidar com minha ansiedade, mas agora eu não consigo agir de outra maneira...
Tudo isso é prova de que não sei lidar com minhas emoções, comigo mesma, com meu mundo interior, com meu universo psíquico.
Saber lidar com nossas emoções não é um aprendizado que nasce conosco, não é algo natural, é adquirido, melhor, construído através da experiência...
Nessas horas seria bom que eu me enxergasse como um ser humano e não como uma extraterrestre.
O ser humano é um ser dual e paradoxal por natureza: “aquilo que eu quero fazer, não faço...”
Olha, eu já aprendi muitas coisas, mas ainda muitas outras que preciso aprender...
Há momentos em que sinto muita preguiça, mudar exige esforço e parece tão bom continuar do jeito que está... É a idéia da zona de conforto. Não mudar é confortável, porém gostaria que entrasse em minha cabeça que a preferência pelo conforto em algumas ocasiões pode ser por demais destrutiva.
O que eu chamo de preguiça, pode muito bem ter outro nome, resistência.
A resistência diz que mudar é perigoso, desconhecido, inseguro ou impróprio...
A resistência diz que não estou autorizada a mudar!
A resistência alimenta minha rigidez, e juntas elas impedem que eu tenha contato com qualquer coisa que seja nova ou diferente, com qualquer coisa que produza mudança...
Mas mudar é inevitável, é algo que não se pode controlar depois de algumas escolhas que fiz...
Eu escolhi entrar em contato, logo, mudamos toda vez que entramos em contato com nossa alma através de outros e com outros, isso é bom apesar de ser ameaçador em algumas vezes...
O medo do novo traz a ansiedade, mas é você e só você decide se quer ou não ir adiante.
Paula
20.10.2008
Ele já dura muitos dias, ou mais dias do que eu gostaria que durasse...
Não gosto de me sentir assim...
A minha ansiedade parece um furacão que passa e vai levando tudo, vai destruindo tudo e no fim deixa tudo bagunçado.
Pior é eu ter que arrumar tudo depois...
Pior mesmo é não querer enxergar o que está causando tudo isso.
Eu até sei o caminho, mas como estou tão aérea, etérea, minha mente não contribui...
Sempre ponho o carro na frente dos bois, pois a princípio quero justificar, racionalizar, e não apenas sentir, deixar a emoção falar, isso é ameaçador demais para mim...
Vejo presente em meus surtos de ansiedade o meu desejo de ser indomável, incontrolável, livre, tal qual as forças da natureza.
Vejo também a minha ansiedade fosse uma manifestação contra meu estilo de vida tirânico, controlador, rígido...
Se minha ansiedade for uma mensagem, talvez a seja um grito me mandando parar tudo, fazer uma greve geral!!
Sinto necessidade de tratar minha ansiedade de outra forma, mas quando ela aparece, fico tão enlouquecida que torço para que ela se vá logo.
Se minha ansiedade se materializasse, eu me vejo tentando estrangulá-la, abafá-la, ou então, ignorá-la, fingindo que ela não está ali, torcendo para que da mesma forma que veio, ela se vá...
Mas quanto mais negativamente a trato, mais ela persiste e insiste comigo.
A minha ansiedade é produto da minha personalidade, do meu estilo de vida e eu já devia entender isso, no entanto, quando ela aparece, eu a trato como um corpo estranho, um visitante incômodo e indesejado no meu mundo “perfeito e ordeiro”.
A ansiedade incomoda, mas eu poderia entender que pode ela pode ser um convite para chegar mais ...
Sei que há formas melhores de lidar com minha ansiedade, mas agora eu não consigo agir de outra maneira...
Tudo isso é prova de que não sei lidar com minhas emoções, comigo mesma, com meu mundo interior, com meu universo psíquico.
Saber lidar com nossas emoções não é um aprendizado que nasce conosco, não é algo natural, é adquirido, melhor, construído através da experiência...
Nessas horas seria bom que eu me enxergasse como um ser humano e não como uma extraterrestre.
O ser humano é um ser dual e paradoxal por natureza: “aquilo que eu quero fazer, não faço...”
Olha, eu já aprendi muitas coisas, mas ainda muitas outras que preciso aprender...
Há momentos em que sinto muita preguiça, mudar exige esforço e parece tão bom continuar do jeito que está... É a idéia da zona de conforto. Não mudar é confortável, porém gostaria que entrasse em minha cabeça que a preferência pelo conforto em algumas ocasiões pode ser por demais destrutiva.
O que eu chamo de preguiça, pode muito bem ter outro nome, resistência.
A resistência diz que mudar é perigoso, desconhecido, inseguro ou impróprio...
A resistência diz que não estou autorizada a mudar!
A resistência alimenta minha rigidez, e juntas elas impedem que eu tenha contato com qualquer coisa que seja nova ou diferente, com qualquer coisa que produza mudança...
Mas mudar é inevitável, é algo que não se pode controlar depois de algumas escolhas que fiz...
Eu escolhi entrar em contato, logo, mudamos toda vez que entramos em contato com nossa alma através de outros e com outros, isso é bom apesar de ser ameaçador em algumas vezes...
O medo do novo traz a ansiedade, mas é você e só você decide se quer ou não ir adiante.
Paula
20.10.2008
Um comentário:
E hoje, como estás? Às vésperas do aniversário desta escrita? O que mudou? Sim, é preciso que algo tenha mudado, é para isso que as reflexões existem, ou serão apenas pensamentos.
Você amiga,escreve lindamente bem, mas vejo até na sua escrita uma ansiedade de controlar o que está sentindo, essa necessidade de argumentar com você mesma tem o seu lugar, mas se tratando da NOSSA ansiedade, o que precisamos mesmo é nos deixar sermos convencidadas, entregar "os pontos", assumir nossa fraqueza, nossas incompetências, não há mais tempo para vivermos dessa forma doentia, infeliz, neurótica, já descobrimos quase tudo que precisamos para tocar nossa vida, nossa história, há mais, sempre existe mais, mas o primordial já nos foi revelado, agora basta viver...viver..."acomodai-vos as coisas simples" ser feliz, estar bem é bem mais simples do que imaginamos!
Um beijo
Paz
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