terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por que sou Educadora I


Ressignificar uma história é contar esta mesma história de outras maneiras.

Aquele que quer ensinar deve antes de tudo saber aprender.



Aprendi a gostar de histórias com a minha avó Margarida... Quando penso em histórias, em contá-las ou em ouvi-las é nela em quem eu penso. Minha avó era uma exímia contadora de histórias e eu adorava sentar aos seus pés e ouvi-la falar. Ela não contava as histórias clássicas de chapeuzinho vermelho ou de outros livros infantis, mas contava as histórias da sua própria vida. Ela falava de sua meninice, da separação dos seus pais, da admiração que nutria pela sua mãe, minha bisavó que nunca cheguei a conhecer... Falava dos seus dois noivados e de que nunca havia imaginado se casar com um homem branco. Porém, as histórias que mais me fascinavam eram as da sua conversão ao cristianismo e das suas experiências com Deus.
Cada vez que ouvia minha avó contando suas histórias, eu decidia aqui dentro de mim que seria como ela, uma contadora de histórias... Havia histórias que ela contava repetidas vezes, eram os mesmos sonhos, as mesmas percepções, os mesmos personagens, mas eu não me cansava de escutar. Muitas características que possuo, herdei dela tais como, a sensibilidade para questões espirituais, o temperamento melancólico, a necessidade de quietude e recolhimento e o desejo de transmitir valores através das minhas histórias.
Foi aos pés de Margarida que nasceu a educadora que sou hoje.

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