terça-feira, 22 de setembro de 2009

A força que está por trás do movimento do tempo é um lamento que não pode ser consolado”. Judith Viorst

Todos nós temos um mesmo tempo.
Cada um de nós tem o seu próprio tempo.
O tempo passa e não podemos detê-lo
Para desgosto de alguns...

O tempo exige mudanças
Mudar é a forma que temos de nos harmonizar com o tempo.
O tempo não quer ser inimigo de ninguém, apenas um aliado.
Tenho que fazer as pazes com o tempo e com as suas exigências que são justas.
(Apesar de discordarmos no que se refere à justiça).

Ouça o que seu tempo tem a dizer,
Mas não peça a ele que pare, isso é inútil.
O tempo cumpre fielmente sua função,
Então, por mais que queiramos, ele não pára!
É impossível parar o tempo
É impossível segurá-lo nas mãos, aprisioná-lo ou mantê-lo em cativeiro.

Ouça que o seu tempo tem a dizer,
Ele dirá para que você siga o seu curso,
Ele dirá para que você o siga,
Ele dirá para que não tenha medo do que vier descobrir.
Ele dirá que você suportará o que encontrar pela frente.
Ele mesmo nos prepara se o assumirmos como nosso tempo.
Ás vezes sou dominada pelo meu tempo e não o domino, isso é mau!
O tempo só pode ser meu aliado, se tomo posse dele e o uso a meu favor.
Isto é, se me posiciono corretamente diante dele e se ouço o que ele tem a dizer.
Tomar posse do tempo nada tem a ver com aprisioná-lo ou retê-lo, mas vivê-lo...
Tomar posse do tempo é sorver cada minuto do que quer que seja que a vida colocou diante de nós.
Tomar posse do tempo não é fugir dele, ludibriá-lo, mas abraçá-lo.

Não sei tomar posse do meu tempo
Não sei ouvi-lo, estou sempre com a cabeça em outro lugar,
Quem sabe, em outro tempo que não é o meu...
Meu tempo se chama presente, este é o único tempo que possuo de fato.
E tudo o que não é presente, não me pertence, nem está sob o meu domínio.
Tudo o que não é presente, mas que quero reter, é o que perdi, é o que já não tenho mais.
Há uma perda no meu presente.
Tenho investido minhas energias em chorar e tentar recuperar o que perdi
Ou Talvez eu esteja me ocupando com coisas que jamais terei
Há uma perda em meu passado.
O presente diz que eu as perdi, mas eu não acho justo e de alguma maneira eu continuo reivindicando-as, sinto que em busca da justiça também tenho me tornado injusta como a vida.
Posso viver apesar das injustiças causadas pela vida?
Não há quem possa impedir as feridas, mas há como olhar com ternura para as minhas cicatrizes.
E para isso posso usar o tempo como meu aliado.
O tempo se torna meu inimigo quando vivo o presente com o coração retido no passado, no afã de evitar as feridas, a dor, a decepção, a frustração...
Tudo isso é inútil, não posso parar o tempo para tentar recuperar o que se perdeu.
Existem coisas que jamais são recuperadas, por mais que queiramos ou lutemos.
Não há como voltar no tempo.


Paula
06/02/2008

Nenhum comentário: