sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O que é primordial ?


Falar de mim de uma forma honesta, não é tão fácil quanto parece, ou quanto eu gostaria que fosse.
Nem pensar em mim,
Nem olhar para mim,
Muito menos cuidar de mim.
É mais fácil olhar para fora, dançar conforme a música alheia.
Minha mente e meu olhar foram educados para olhar pra fora e colocar outras coisas que não eram eu em primeiro plano.
Falo tanto em liberdade, mas a conheço muito pouco.
Vivo pouco essa tal de liberdade, ela é um ideal, uma inspiração, um desejo forte, uma paixão, mas não a encontro encarnada em mim.
O que vejo e sinto em mim é rigidez (socorro!!!!!).
Na verdade, ouço as vozes da liberdade que ecoam de dentro de mim, mas tenho resistência em ceder espaço a elas.
A liberdade é aliada do auto-conhecimento, que é um desafio, pois parece e é prazeroso, mas possui muitos momentos de perplexidade e dor... E assim como a vida nos conduz a situações imprevistas e incontroláveis.
Não somos o que pensamos ser.
Não somos o que queremos ser.
Somos o que somos, apenas ser o que somos desmonta muitas fantasias e ilusões que alimentamos desnecessariamente e que nos impede de caminhar com leveza por causa do peso que estas coisas trazem.
Falo estas coisas porque parece que passamos a vida inteira inventando alguém que não somos nós, ou idealizando alguém que nunca chegaremos a ser e com isso nos alienamos do nosso verdadeiro ser e da nossa verdadeira vida.
O que é primordial?
Primordial é ouvir o que o meu coração e o meu corpo dizem.
Primordial é respirar, é ver o mar, é dormir, fazer amor, é ser gente e não máquina.
Primordial é reconhecer e respeitar os próprios limites e os alheios também.
Primordial é viver, porque a existência é única e passa rápido demais.
Primordial é encarnar a liberdade de ser e viver em minha própria vida todos os dias.
Logo, primordial é reconhecer os motivos que tenho para ser feliz hoje e não colocar a felicidade distante de mim, como um alvo a ser perseguido, ou um objetivo a ser conquistado.
Paula 11.04.2008

Um comentário:

Jussara Barbosa disse...

Penso e sei como é cansativo viver idealizando quem gostaríamos de ser, penso e sei também como é bom assumirmos quem somos...quando assumimos isso, percebemos que as pessoas continuam nos aceitando da mesma forma,e que a "paranóia" era nossa. Daí,para nós, a felicidade torna-se tangível, essencial, primordial!!!
Um beijo amiguirmã!